quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A vida, o universo e tudo mais.




Tudo começou quando uma pessoa (uma bem importante) me expôs uma série de observações ao meu respeito. Disse que eu já não sou mais a mesma de antes, que me falta ânimo, alegria e que sou muito jovem para estar como estou. Disse que tem medo de eu estar perdendo o gosto pela vida.


Bom, acho que já faz alguns anos que essas discussões sobre ter paixão pela vida estavam fora do meu escopo. Isso para mim tem gosto de adolescência, de sexta série rebelada, de ovelha contestadora, de “vamos brincar de descobrir o sentido da vida”. Sim, procurar um sentido, porque as coisas precisam ter um sentido para que sejamos felizes com elas, exceto no caso dos objetos decorativos; e, como a vida é um substantivo abstrato, um produto (ou seria serviço?) intangível, ela não pode ser considerada decorativa por não ser visível aos olhos (aliás, será que ela existe mesmo?).

Enfim, aceitei o desafio de pensar sobre a vida, embora tenha deixado a sugestão literária (um filósofo moderno) de lado. Não vou ler “O que você está fazendo com a sua vida?”, mas vou continuar pensando a respeito do meu gosto pela vida, até porque, já diria um dos meus preferidos: “É sempre questão de gosto em qualquer circunstância – nada além de gosto”. Então vamos resolver a questão da vida, pensando no gosto que eu sinto ao prová-la.

A princípio me pareceu enfadonho, em seguida comecei a ler demais mas acabei esquecendo o objetivo da leitura, e fugi do tema, o que acarretou na morte do meu blog velho e no nascimento de um novo. Daí eu poderia concluir que, se minhas ações não têm sentido, nem coerência, talvez a minha vida não tenha! Mas eu já observei que não gosto das minhas ações justamente quando fico pensando demais sobre elas (seja antes ou depois), nesse caso eu não gostaria da vida quando pensasse nela, o que me faria concluir que eu tenho pensado demais na vida ultimamente, e por isso causado essa impressão de que não gosto dela. Porém, eu não tenho pensado nos últimos seis meses, o que coloca toda essa teoria abaixo.

Hoje pensei em fazer uma pesquisa exploratória com as pessoas conhecidas, do tipo: “Qual a impressão que eu passo a respeito do meu gosto pela vida?”. Tá, não pensei isso. Na verdade pensei que é um assuntinho cansativo... Que eu não tenho coragem de enfadar ninguém com essa conversa e que a última vez que pensei sobre isso com afinco, eu tinha 14 anos, um pé enfaixado e estava olhando pro mar, o cenário era muito mais inspirador... Aliás, foi também o dia do meu primeiro porre. Bem, talvez, por isso eu não tenha chegado a conclusão nenhuma...
Não sei quanto tempo eu vou gastar nessa empreitada de tentar descobrir o sentido da vida, buscando material para definir o gosto dela. Talvez eu desista amanhã... Já que um dos argumentos mais usados na conversa que iniciou tudo isso tinha a ver com meu dom para a desistência. Contudo talvez desista porque gosto da vida, gosto muito da minha vida. Por tanto gostar, poupo-a das coisas chatas, das convençõezinhas idiotas, daquilo que não vale a pena, desistindo daquilo que não é bom pra ela (a minha vida), nem pra mim (a parte tangível que acompanha o intangível), ainda que pareça essencial para muitos entes que me cercam. Posso também procrastinar, deixar pra pensar nisso olhando o mar, às vésperas de natal, rodeada por lembranças daquela que, mais do que ninguém, me faz enrubescer por ter fases tão desanimadas. Posso também consultar uns autores, e tentar ver a parte engraçada disso tudo... Quem sabe o sentido da vida não seja “42”! Nesse caso, talvez eu apenas precise de uma nova toalha e de uns dias de mochileira por aí, ainda que sem galáxias.


4 comentários:

  1. Ahhhhh, eu realmente gostaria de acreditar no 42, e gostaria de achar outra galáxia, mas...

    o jeito é pegar minha toalha....


    ...e ir tomar banho pra ir pro trabalho!

    hiasuhiusahiuashuiassa =D

    ResponderExcluir
  2. sinceramente não acho que a vida seja pra ser apreciada; mas, sim, vivida. nós somos jovens, inexperientes, com muita coisa pela frente e, principalmente, situações ruins. pra quem pensa de verdade, é fácil ficar desanimado e desiludido. no entanto, temos coisas boas, que nos fazem persistir, como boas amigas. e daí, se não temos tantas ilusões e esperanças? ainda estamos aqui, nos divertindo e provavelmente rindo da cara de quem acha que a vida é uma maravilha.

    ResponderExcluir
  3. rindo da cara de alguém?
    a gt?
    será?

    uahahahaha

    ResponderExcluir