Ninguém morre de amor

"Why don't you walk away?

No buildings will fall down

Won't you walk away?

No quake will split the ground

Won't you walk away?

The sun won't swallow the sky

Won't you walk away?

Statues will not cry"

No máximo, a pessoa morre de fraqueza mental... Se matando, ou se deixando morrer, porque colocou todas as suas fichinhas em uma coisa só. E nem sei se nesses casos a pessoa morre de amor, acho que morre de tédio, porque não se dá ao trabalho de sair do fundo do poço pra ver o que existe fora dele.

Nós que vivemos de outras coisas além de suspiros e dores de cotovelo, que continuamos estudando, tendo vida social e trabalhando, apesar dos amores, vamos apenas chorar umas lágrimas, ouvir algumas músicas de cortar os pulsos, detonar uns chocolates e umas garrafas de vodka, para então voltar a viver. E mesmo que o amor seja eterno, que a gente vá gostar de apenas uma pessoa a vida inteira... A vida inteira poderá continuar, sem a pessoa em questão.

Nas vezes que eu chorei, chorei mais de raiva de mim: afinal, pra quê tanto drama se meus órgãos vitais continuam bem? Qual é o sentido se eu já sei que o aperto é na amídala cerebral e não no peito? Se eu sei que não terei um infarto, muito menos um dano cerebral... Não que o drama seja proibido, que possa ser evitado... Não tenho nada contra umas ceninhas de desespero após desencontros amorosos. Apenas acho mais apropriado que o choro dramático seja acompanhado de boas risadas, porque a dor é superada e a vida continua bem.

Não ser correspondido, ou não estar acompanhado (no caso de você se contentar com qualquer pessoa) não faz o mundo acabar. Basta você continuar correndo atrás das coisas realmente vitais: respirar, se alimentar, ter vida social.... Trabalhar, ter amigos, ler, se divertir, comer, beber...

Enfim, lava esse rosto e segue ae... Se não eu vou rir da sua cara, da mesma forma que ri da minha em outros tempos.