quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Grilados, badecos, pseudo-sóis e cia.

Pensar é um saco, mas às vezes é inevitável.

Enfim, conversando sobre as picuinhas da comunidade do rock goiano no okt, acabei lembrando de certos comportamentos e pensando que: tanto faz.

Sempre tem aquele blábláblá dos grilados, que geralmente se confrontam com os badecos, tudo girando em torno dos pseudo-sóis.

Que se dane se o cara que organiza é metido, se os caras que tocam são metidos. Também tanto faz se são inteligentes, simpáticos, bacanas, se cozinham bem, se são gays, pés de toddy, filhinhos de papai, socialistas, capitalistas, terroristas... Tanto faz!

Porque tanta gente se importa com isso?

Se o cara ganha dinheiro com o show, tudo bem. Ainda acho mais legal abastecer a conta de um cara com bom gosto musical, que organizou um show que eu consigo ir, do que abastecer a conta de mais um cowboy empresário. Não tenho nada contra cowboys empresários também, mas nos bares deles passei por momentos muito mais entediantes do que qualquer momento entediante que me lembro de ter passado nos ambientes ditos alternativos.

Claro, existem otários e pessoas com um gosto pra lá de duvidoso nos locais da tal gyn rock city, mas eu me sinto mais a vontade lá. Os caras me prestam um serviço, eu pago e fim: tudo se resume a comprar o ingresso, aproveitar e voltar pra casa. Entretenimento e política não precisam, e acho que nem devem, andar juntos.

Quanto ao ego de quem quer que esteja envolvido nesse meio, quando é paia provavelmente é porque teve muita gente alimentando. Outra coisa que eu não entendo!

Pow, bacana que o cara tenha feito uma música absurdamente boa, mas é só mais um profissional cumprindo a sua função social. Quem idolatra devia ir lá idolatrar o padeiro que faz aquele pãozinho da hora, a manicure que não tira bifes, o gari que deixa sua rua limpinha, o dentista que te livrou da dor de dente e assim por diante. Existem muitos profissionais competentes em todas as áreas, e nem todos são metidos, porque dependendo do segmento os clientes não babam. Ou seja, de modo geral, clientes higiênicos estabelecem relações comerciais com profissionais humildes, clientes anti-higiênicos estabelecem relações comerciais com profissionais metidos.

De minha parte, eu quero ouvir a banda tocar e pronto. Simpatia eu espero dos meus amigos, da minha família, etc e tal. Obviamente que, se a banda tiver um comportamento ofensivo (tipo aquelas que realmente menosprezam a inteligência da platéia ou acreditam que a platéia nada mais é do que uma reunião de súditos) eu cato minhas coisinhas e vou embora. Odeio ser feita de marionete, tomar banho de cerveja, levar latada, ouvir vocal mandando o público tomar no cu, ir se foder, etc e tal, parece algo do tipo: “Se você curte minha banda que é ruim pra caramba, você deve gostar de tudo quanto é coisa de baixo calão que houver nesse mundo”. Mas tem gente que gosta né, também não vou discutir a capacidade intelectual de tais fãs.

Enfim, metidos ou humildes, eu desejo muito sucesso ao povo que está por trás dos shows, dos bares, das bandas e de tudo que representa entretenimento pra mim, de forma que o nível vá evoluindo, e eu tenha o que fazer, aonde ir e como me divertir. Em troca, me comprometo a pagar o ingresso e consumir a cerveja, não me habilito às bajulações ou mesmo às críticas gratuitas, não sou do tipo que se derrete, nem tampouco do tipo que sente inveja.

Mas confesso que, nesses dias infernais, tenho sentido uma bruta inveja de quem tem piscina em casa.

Um comentário:

  1. Ainda bem q vc n quis comentar sobre a capacidade intelectual dos fãs de certas bandas, afinal...eu tenho péssimos gostos muitas vezes!
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


    But, comecei a achar que eu tb não ligo, deixarei os metidos serem metidos bem pelo reto! muahahahha

    Eu quero é rock, porra!

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