quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

"A intelectualidade é amiga do preconceito"

Não sei se concordo com esse preceito.


Talvez a pseudo-intelectualidade esteja ligada ao preconceito e à discriminação, mas certamente está a falta de intelecto, porque é instintivo ser passivo-agressivo com aquilo que se desentende e/ou desconhece.


Acredito que, se você reflete o bastante, exercitando seu intelecto, e passa a entender e a tolerar, você se livra do preconceito.
Por exemplo, você não pode exigir de uma pessoa pobre, que não teve oportunidade de estudo, que ela seja humanitária ou, sei lá, ecologicamente correta, mas isso pode ser esperado dos filhos da classe média, certo? Nem por isso é impossível ver pessoas humildes com mais sabedoria do que todos os alunos de uma universidade particular inteira.
Outro caso é esperar de um homossexual de uma camada mais baixa da sociedade, que fora marginalizado e tido como aberração pecadora a vida toda, que seja discreto ou aja de forma mais civilizada sobre sua própria orientação sexual. No entanto, pessoas como Ian McKellen ou Portia de Rossi (não consigo lembrar de nenhum exemplo brasileiro, me desculpem), que são homossexuais, podem ser enquadradas no quadro da estabilidade, da monogamia e da intenção de formar uma família, que para muitos define o que é ser digno de respeito (o que é, diga-se de passagem, de uma burrice sem tamanho).
Se você é católico, tem que ter a retidão o bastante para não achar que todo protestante é extremista; se você é protestante, deve ter a compreensão suficiente para ver que nem todo católico é adorador de imagens e de santos. Se você é cristão, há de ter a empatia demandada pelo cristianismo a fim de não julgar os ateístas como adoradores do demônio; se você for ateu, precisa ter a racionalidade necessária para não pensar que todo religioso é bitolado.

E por aí vai...

Acho que o preconceito é combatido pela intelectualidade; não é à toa que a escolaridade é arma contra discriminação e a formação de conceitos sem embasamento. Penso que, na verdade, a arrogância que anda de mãos dadas com a grande intelectualidade, essa sim é amiga do proconceito.

6 comentários:

  1. gente...

    plac plac plac!

    ow, concordo demais da conta!

    cansadaaaaaa de ver carinha que julga a sociedade, se acha o salvador, e ainda tem preconceito contra homossexuais! (talvez auto-preconceito?)

    cansadaaaaaa de ver protestante desesperado, com medo da nova lei que vai "proibir" os pastores de falar sobre o homossexualismo, e de "curar" essas pobres pessoas

    e além disso, cansada de saber que a gabi é atéia e não adora o diabo, kkkkkkkk

    cansada desse mundo que acha q toda família que tem um homossexual, ou um ateu, ou um anarquista (uahahah) é desestruturada

    cansada desse povo que pensa padrão

    ah, e eu tenho meus preconceitos... mais musicais e culturais, do que relativos a orientação sexual e td mais...
    tenho preconceito contra emo, mas ainda assim amo minha prima..
    só q ainda acho q tow mais pra pseudo do q pra intelectual... será q isso é culpa da classe média?

    ah, cansada de falar demais tb... vou parar x)

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  2. A todo mundo é cheio de preconceito. Eu mesmo tenho muito preconceito com música ruim. Porém vem aquela ideia de que o que eu acho ruim ou bom em relação a música é relativo. Bom mai isso é assunto para outro dia. Aproveitando Deixo aqui meu relato sobre esse blog !


    Ele é muito legal !

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  3. é pq quem escreve é mto legal

    "modéstia" mode on
    "eu amo minhas amigas" mode on

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  4. Vai descansar Nó, andas mt cansada :D

    Ah, o preceito nu e cru é de uma desonestidade intelectual notória, daí eu concordo com o que tá escrito.

    O que talvez tenha querido dizer (e não é o que está escrito) é que a partir do momento que se avalia as coisas intelectualmente, passa-se então a 'saber' o que é bom e ruim e a partir daí rejeitar com veemência o que é considerado lixo. Isso acontece frequentemente quando o desenvolvimento intelectual acontece em uma área apenas.

    Pode ser difícil pra alguém que compreenda e sinta as nuances da música erudita conseguir entender o que faz alguém gostar de um som altíssimo e distorcido de alguém que não sabe nem ler uma partitura e toca Rock, e aí vem o preconceito.

    Mas ainda sim, seria bem questionável

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  5. é, um cara que curte ópera pode achar que um outro que gosta de rock é burro; do mesmo jeito que este pode achar que o primeiro é bicha
    mas na verdade tudo se trata de gosto musical dentro dos padrões de senso crítico - não englogo nesse critério todas as vertentes do rock, vez que este é infiltrado por gente ridícula desde os anos 80
    preconceito eu tenho por quem vive em condomínio fechado e curte funk, pagode e micareta, ao passo que são feitos de música de letra e melodias pobres, manjadas e, no caso do funk, de letra imoral e baixa.

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  6. meu pai curte ópera
    e não me acha burra pq eu curto rock
    me acha pobre de espírito
    uahahahahahaha

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