quinta-feira, 29 de abril de 2010

Post Piegas


“em seu esparramar de bondade sem precauções.”

Estava relendo CFA e esse trechinho se destacou.

Talvez porque estou vivendo aqueles dias grilados, em que fico indignada com o que o mundo faz com as pessoas de bom coração, isso me fez devanear um tantinho.

As pessoas boas são quase sempre iludidas, pelo menos até um dado momento de sua existência. Acreditam que a vida pode ser justa, que basta fazer sua parte, sem prejudicar ninguém, etc e tal. Saem por aí sendo simpáticas e generosas. Fazendo o bem sem olhar a quem (frases do baú da vovó).  Esparramando uma bondade sem precauções

E essa bondade sem precauções é justamente o que as tornam um alvo tão fácil, como se fossem trouxas. A verdade é que acabam sendo feitas de idiotas mesmo, várias vezes, até aprenderem que se deve olhar sim a quem fazer bem.

Porque muita gente nesse mundo não merece nenhum votinho de confiança... Aliás, votos de confiança são coisas que retornam de maneira negativa às pessoas boas em 90% dos casos... Como se não bastasse o mal que já faz a decepção de votar nas eleições.

O melhor que fazem as pessoas boas (o melhor para si mesmas) é aprender que não se deve ser bom... Não sempre, e principalmente não sem precauções. É preciso desconfiar, medir boas ações, agir comedidamente. Quando se faz algo de bom para alguém, é preciso verificar como esse alguém reage, e quanto a reação, antes descaso do que folga. Sim, porque algumas pessoas medianas encaram o convívio com pessoas boas como um prêmio na loteria, do tipo: “ganhei alguém em quem me escorar”.

Enfim... sei que ficou meio piegas isso aqui, talvez as pessoas boas o sejam. Mas queria alertar as pessoas boas, de que as vezes é preciso ser comedido. Há muito tempo já não sei ser boa sem precauções... Sou apenas com algumas pessoas, que são aprovadas em um processo de seleção um pouco demorado.

Uma certeza que tenho é não se deve fazer o bem sem precauções no trabalho, e estou estudando a hipótese de que também não se possa fazer isso nos relacionamentos amorosos...  E lá se vai a poesia do amor baseado em confiança. =p

4 comentários:

  1. nada de piegas;
    tudo de verdade

    a vida é triste...
    mas sempre se pode rir da própria ingenuidade no futuro, como eu mesma já fiz várias vezes haha

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  2. Entendo perfeitamente o que você diz. Eu sempre fui bem desconfiado.

    Mas, apesar disso, de uns tempos pra cá venho tendo uma forte impressão de que as pessoas descomedidamente boas são bem mais felizes, a despeito de serem feitas de trouxas ou escoras, e de sofrerem seguidas decepções.

    Aí eu me pergunto: o importante não é ser feliz?

    Acho que a viver é sinônimo de sofrer. E se a gente se preocupa demais em fugir dos sofrimentos e decepções, a gente deixa de viver.

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  3. viver pode ser sofrer sim
    mas isso soa meio emo, não?
    uahahahaha

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  4. kkkkk...
    É, tem esse perigo.. de soar emo.
    Mas a maquiagem e o corte de cabelo fazem toda a diferença.
    =P

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