quinta-feira, 26 de agosto de 2010

De Blog em Blog: Álcool

Ah! O alcool. Tantos de nós são tão facilmente seduzidos pelas substâncias etílicas! 
Nos momentos difíceis, muitas vezes pensamos que o melhor remédio seria tomar umas com os amigos. Longe dos anais da psiquiatria, acaba sendo o primeiro refúgio para manter afastado o estress cotidiano.
Os adeptos sempre tem motivos: bebem para comemorar a felicidade e para aliviar os momentos ruins. O "coringa" companheiro de ocasiões tão divergentes é um dos mais versáteis entorpecentes: da tequila quente às vodkas russas que não congelam em temperaturas inferiores a zero, encontramos várias bebidas, para vários paladares.

O ópio veio do oriente médio, a coca da América do Sul, e ainda que da mundialmente difundida cannabis obtenhamos a maconha e o haxixe, em vários lugares, nada se compara ao álcool: do malte temos o whisky e a cerveja (feita também do trigo); da batata a vodka; do agave a tequila; da uva o vinho, o brandy e a grappa; da tâmara o arak; da mandioca a tikira; da cana a cachaça, e por aí vai. Em praticamente todas as culturas, em todos os climas, continentes e civilizações, lá estava o álcool.

Baco e Dionísio não nos deixam mentir sobre a relevância do líquido para os povos antigos, ou Jesus, com seu milagre transformado em ditado: da água para o vinho. Considerando que o mesmo é dito para sinalizar mudanças positivas, tem-se então um consenso de que o alcoólico pode ser melhor que o não-alcoólico.

Quando queremos nos provar adultos, muitas vezes nos embrenhamos por porres sem fim. Há sempre os "mais macho", que tem coragem de tomar até garrafa de balalaika e 51. Me orgulho de não me rebaixar a essas acetonas disfarçadas de etanol.

Como dizia o título de uma finada comunidade orkutiana que eu criei: "Bêbado, não! Ébrio habitual". Há muitas diferenças entre aalguém que curte o porre, e aquele que aprecia a bebida. A verdade é que eu, particularmente, considero o universo alcoólico fascinante.   Das pilsen ralas brasileiras e porter ale inglesas, passando pelos bourbons americanos, blendeds e vatted escoceses, tequilas mexicanas, e logicamente, a cachaça brasileira, encontro em texturas, aromas e sabores diversos sensações ímpares. 

Esse ano, em meu aniversário, minha amada me agraciou com uma magnífica garrafa de Johnny Walker Green Label. Certo ano, ganhei uma garrafa de Wiborowa de um casal de amigos. Em outra oportunidade, me foi dado um Jack Daniel's - o clássico, público e notório preferido por minha pessoa.

Qualidade, meus caros. Excelência. Essas devem ser as palavras de ordem. Não restrinjam a degustação aos vinhos. Lembrem-se de olhar para o quintal: poucas bebidas são tão saborosas, aromáticas e propícias a experimentações quanto a nossa brasileiríssima cachaça. Em caipirinhas ou pura, curtida em barris de umburana, carvalho, grápia, com canela, gengibre, banana, ou o que desejar. Há as mais fortes, as mais fracas.... De várias cores, aromas, e para vários paladares. Degustem!

Beber não é uma questão de ficar bêbado - é uma questão de ter estilo.
Se embrenhar pelo universo etílico sem o mínimo de empenho em saber por onde anda (ou a qualidade do que se toma), é como ser um recém-nascido: corre-se o risco de, ou colocar o próprio pé sujo na boca, ou comer meleca de nariz (eca!).



(Adendo posterior)

Lista de sugestões com breve explicação:

Tequila - destilado extraído, sabe-se lá como, de uma planta de clima árido - o agave. Há uma que ao menos uma vez na vida todo mundo deve experimentar: Sauza Tres Generaciones Extra Añejo.Vokda - destilado a partir de cereis, usualmente batata, mas as vezes temos outros é incolora, às vezes inodora, e as de verdade não tem gosto de acetona, enchem a boca e descem macio:  Smirnoff Black Label e Stolichnaya entre as russas, e Wiboroka entre as demais. OBS: absoluti é coisa de boyzinho em balada. Há muitas vodkas melhores por aí.

Cerveja - um dos fermentados mais pop's do mundo, e de diversos tipos. Eu prefiro as de trigo, mas elegerei duas pilsener., e outra que é minha favorita. Pilsener Nacional: Eisenbahn; Pilsener importada: Paulaner Premium Pils; Outras: Erdinger Pikantus, uma weizenbock de excelente qualidade.

Vinho - São tantos quanto as cervejas, ou mais. Todo mundo sabe que são fermentados de uva, e admito minha ignorância no assunto, e portanto não me prolongarei. Sul Americanos: Camernere e Syrah; Italianos: Valporicella e Bruciato.

Cachaça - São muitas, e são boas. Cada região do país tem uma característica especial, tem que sair tomando para conhecer. MG: Lua Nova (amburana); Meia Lua (bálsamo); Germana (carvalho); Samba & Cana (jequitibá e cerejeira); Clube Minas (jequitibá, cerejeira e jatobá); Salinas (bálsamo); SP: Sagatiba "Pura" (a não-envelhecida, na minha opinião é a melhor para caipirinha); PE: Carvalheira (carvalho, e carvalho com canela); 

Whisky Bourbon -  tipicamente do estado de Tennessee, originários da cidade que lhes batiza: Jack Daniel's (uma de minhas bebidas alcoólicas favoritas, pelo processo e pelo sabor)

Whisky Blended -  maltado, mas compostos por outros cereais também, típicos da Escócia: Buchanan's 12 anos.

Whisky Vatted - mistura de vários tonéis feitos apenas com malte. É mais forte e "seco" que os blended. Coisa "pra macho", hehe : Johnny Walker Green Label

Grappa - Da fermentação do mosto, processo pelo qual se extrai o vinho, sobra-se o bagaço. Do bagaço destilado, surge a grappa! Grappa de verdade é feita na itália. Também e "coisa pra macho": os chefões da Cosa Nostra, nos livros de Mario Puzzo, tomavam grappa e brandy. Grappa Dolcetto.

Brandy - O destilado geralmente é feito de uva, num processo à parte da vinificação. Também é conhecido como conhaque. Há quem chame brandy de conhaque, mas conhaque de verdade tem que ser fabricados conforme as espeficicações centenárias da região de Cognac, na França. Enfim, todo conhaque é um brandy, mas nem todo brandy é um conhaque. É uma bebida interessante. Recomendo um chamado Napoleon, é francês, não dá dor de cabeça, mas não é um conhaque.



Ampliem seus horizontes, e boa ressaca a todos!


Você encontra outros ébrios aqui:

9 comentários:

  1. ish
    sou recem nascida
    e vc fez uma descrição bem nojenta de mim

    vc é uma ébria culta, sua irmã não!

    ResponderExcluir
  2. kkkk.. bem que a Ana disse que a irmã dela que entende do assunto.. hoje fui a única que não poetizei que beberia, mas eu bem que precisava me embriagar hoje! rsrs
    bjs

    ResponderExcluir
  3. Aff, o post era sobre álcool Lana, e não sobre tentação!
    kkkkkkkkkkkkkk

    xD

    ResponderExcluir
  4. Puxa, vc entende mesmo do assunto! Eu confesso, só um recém-nascido e prematuro quando o assunto é bebida alcoólica. Não gosto do sabor. Quando quero ficar mais alegrinha prefiro tomar de uma vez uma dose de tequila. É rápido e eficaz! rsrs

    ResponderExcluir
  5. ai ai.. que vontade! e eu aqui no serviço TOIN uhlauhuahulahh

    ResponderExcluir
  6. ai ai.. que vontade! e eu aqui no serviço TOIN uhlauhuahulahh

    ResponderExcluir
  7. Show de bola o texto, uma verdadeira aula sobre o álcool!!

    mtooo bom mesmo parabéns!

    ResponderExcluir
  8. pra mim, álcool é só uma questão de ficar bêbada mesmo. enfim, o prazer é me embebedar, ponto.
    mas o que eu poderia esperar do meu paladar simplório que só pende para macarronada e esporádicos chocolates?
    acho que sou uma recém-nascida também, mas reconheço a importância do álcool para a sociedade. guerras e guerras se fortaleceram na embriaguez de soldados. mulheres e mulheres "encararam" certos homens devido a um certo grau de ebriedade.

    portanto: c'est la vie.

    ResponderExcluir
  9. Neste universo alcóolico, prefiro os meus chocolates...com licor, com vodka, com conhaque...
    * Lembro dos olhinhos da Lanna...brilhantes...quando apresentei o meu chocolate recheado de Jack Daniel's.

    ResponderExcluir