Em defesa dos amores platônicos

"As mulheres vulgares nunca excitam nossa imaginação. Estão limitadas ao seu século. Não há magia que possa transfigurá-las. Pode-se conhecer a sua mente como se conhecem os seus chapéus. Podemos encontrá-las sempre. Não há mistério nenhum nelas... Têm os sorrisos esteriotipados e as atitudes estudadas. São completamente transparentes"

Pode ser que muitos homens, assim como o meu amor platônico literário número 1, não tenham sua imaginação estimulada por uma mulher vulgar. Fisicamente, contudo, o papo é outro...

Lord Henry não era perfeito, eu via nele umas certas tendências homossexuais... Mas esse post não é sobre a burrice do sexo oposto, sobre os homossexuais, ou sobre as mulheres vulgares... É apenas sobre devaneios aleatórios...

Eu sou uma amante platonica em série... Não acho ruim, nem me arrependo... Assim como a Boladona, eu acredito na existência de outros homens interessantes que sejam meu número... Só não acredito na inteligência deles, e penso que todos trarão desgaste...
Enfim, em amor platônico eu sou especialista... Não sei se é porque gosto muito de filosofia, apesar de nunca ter concordado muito com o essencialismo de Platão.... Mas o fato é que tenho vários tipos de amores platônicos: os que estão ao alcance dos olhos mas são inacessíveis, os que eu vi apenas uma vez, os mortos, os literários, os cinematográficos e os musicais... Me dou muito melhor com eles quando se restrigem ao campo das idéias...

Porque os homens vulgares não excitam minha imaginação... E todos os homens são vulgares... A não ser os platônicos... E eu como "animalzinho imaginativo" que sou, preciso de alimento mental... Que homem comum poderia me oferecer isso?

Melhor ficar com Lord Wotton, Lord Goring, Jim Morrison, James Dean, Cândido, Darcy, Johnny Depp, o menino de vila velha, etc e tal.