Dança do Acasalamento

A formatura da Boladona propiciou um momento de filosofia ao nosso grupo, mesmo uma semana depois.

Tivemos um insight após um amigo comentar que, apesar da música ridícula, acha agradável aos olhos as pirisgatas dançando aquelas dancinhas super inocentes que maltrataram nossos ouvidos; como a da “bicicletinha” (com uma mão no guidon e a outra na calcinha) e aquela em que a moça entrou vestida de chapeuzinho vermelh e disse que todas as mocinhas da pista eram chapeuzinhos  e queriam ser comidas para então o vocalista cantar naquela vontade inexistente (pois um cara que usa aquele shortinho só poderia ser gay) “vou te comeeeeeer, vou te comeeeeeer”.

É claro que nem toda patricinha e formanda é perva ou piriguete... Então porque 90% da população feminina da festa se sujeita a isso?

Chegamos a resposta dessa pergunta ontem... Trata-se realmente da “dança do acasalamento”. A garota está dançando, jura que é pra se divertir, que não tem nada a ver a conotação sexual da música, e talz. Bem, ela quer ter filhos. Então o subconsciente dela a faz  dançar daquela maneira esdrúxula pra atrair um macho e perpetuar a espécie.

E isso explica muita coisa, explica também porque as No Lipstick Girls ficam perdidas nesses recintos: não queremos ter filhos.

Isso não dispensa necessariamente o homem das nossas vidas, mas certamente dispensa a dança, que é um momento de exibição das “quero ser mãe” para conseguir aquele da pseudo-melhor-genética pra ser pai de seu monstrinho(a). Claro, como em algum momento o ser humano passa a ser racional, as vezes algumas outras coisas são avaliadas (além da dança) para que se escolha o parceiro de reprodução.