domingo, 15 de agosto de 2010

Animal Planet

Constrangimento: s.m. Estado de quem está constrangido.
Violência física ou moral exercida contra alguém.
Embaraço, acanhamento.


Constantemente me vejo em situações constrangedoras. Constantemente alguém me violenta com seus péssimos modos. Eu sinto vergonha de mim, queria saber por que algumas pessoas não nasceram com vergonha também. Deveriam diminuir o índice da vergonha alheia, me cansa sentir vergonha das pessoas mesmo normalmente levando isso tudo para o lado cômico.

Alguns “homenzinhos” não me economizam a minha taxa de vergonha alheia. Minha taxa está sempre sendo obrigada a ser 'cobrada'. Algumas vezes realmente parece quase uma violência física, como se o cara pegasse seu cérebro e desse uns murros nele, ou melhor, pegasse seu cérebro e o estuprasse com toda sua falta de noção do ridículo.

Amor-próprio: subst. m. sentimento de autoestima


Há inúmeras discussões entre nós(mulheres) sobre a autoestima deles(homens). Não há de se negar que é fácil perceber como(eles) transbordam isso.

Realmente o dicionário “é o cara”, amor-próprio realmente é um substantivo masculino, afinal, a classe feminina passa normalmente longe de entender e sentir o real significado disso.

Mas o post de hoje não é sobre nada dessas coisas, o post de hoje é sobre um bom modo. Esquecendo daqueles tais bons modos de como beber, comer e segurar os talheres. E sim, daquele modo que você deveria ter adquirido na infância, aquele que certamente seus responsáveis tentaram te transmitir, o respeito. Minha mãe sempre me falou que isso é o tipo de coisa que cabe em qualquer lugar e ela tem toda razão. Se existisse respeito para comprar, eu teria a quem presentear o ano inteiro.

Analisei bastante ontem sobre o respeito, tá não analisei tanto assim. Fui em um local totalmente fora do meu agrado, mas sou da seguinte ideia, se tenho total certeza de que no lugar terá pessoas agradáveis, já vou criando o próximo lugar para ir logo em seguida com elas. Mas ontem não deu, eu tive que gastar meu tempo observando o ser humano e suas ações repugnantes na tentativa de conseguir um par para acasalar, cruzar ou o diabo de quatro(há, posição nova do kama sutra). São muitas pessoas nesse mundo dispostas a sair na noite de sábado para descarregar tensão, sem vergonha de ser feliz. E é aí que entrou em trabalho a minha “vergonha alheia”. Sei que em lugares assim o ET lá sou eu, mas pô, cadê minha nave para sair correndo logo dali? É, não teve jeito, tive que reparar ainda mais...

Então entre pessoas semi-nuas, mulheres necessitadas, homens bêbados carentes, pessoas no cio, pais constrangidos com o comportamento dos seus filhotes e bastante música boa(¬¬), minha única ação foi beber água e assistir tudo isso como um belo roteiro para meu próximo filme, que se chamará: “leve já seu filhote pra cruzar”, aonde os pais levariam seus filhotes para cruzarem em lugares especificamente feitos para esse fim antes de soltá-los pelo mundo e lhe envergonharem ao se agarrarem em uma perna qualquer, igual o cachorro depravado da minha tia faz(mas ele tem créditos, ele nasceu com rabo não com cérebro).

5 comentários:

  1. Gt, tô até com medo de perguntar por onde vc andou. kkkk

    Então, realmente acho estranho o ritual de acasalamento promovido pelas pessoas na night. Seria legal ter uma nave pra fugir antes de ver certas cenas e ter um troço de vergonha alheia.

    Sobre o amor próprio, acho muito desequilibrada a distribuição... homens com tanto e mulheres com tão pouco.

    =/

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  2. Tbm sinto vergonha em estarmos classificados na mesma espécie "dessas espécies" rsrs...

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  3. acho que esse lugar é parecido com 99% da "balada" da nossa cidade natal e, muito provavelmente, de todo o país.
    o diferencial são os pais; fiquei curiosa também aheiahe

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  4. Se "autoestima" e "amor-próprio" forem sinônimos de falta de senso do ridículo e de semancol, definitivamente, não tenho nenhum dos dois.

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