Em algum momento da minha vida, me tornei uma pessoa egoísta, e agora não abro vagas para novas amizades facilmente. Isso não quer dizer que não me interesso por conhecer pessoas novas, ou que destrato recém chegados ao meu círculo social, nada disso. Quer dizer que não tenho mais disposição, ou tempo, para me doar completamente logo de cara.
Talvez a amizade seja resultado de um longo processo seletivo. Então, alguém que chega na minha vida ontem e hoje já me sufoca com uma tonelada de suas frustrações, e com algumas demonstrações de sua carência, provavelmente não vai ter um bom resultado nesse processo. O mesmo vale para quem gosta de misturar demais as coisas, como aqueles que entram como peguetes/namorados e depois querem manter a vaga de amigo por saberem que somos um ótimo apoio, e para quem gosta de separar as coisas demais, que se dizem amigos mas possuem uma longa lista de não me toques, não me ligue, não me encha, não espere meu retorno...
Sabe, eu não tenho do que reclamar, embora tenha o dom de reclamar assim mesmo. O fato é que sempre que precisei de uma amiga, tive uma a disposição. Talvez eu tenha ficado mal acostumada, com gente que retribui a amizade, que se faz valer a pena, que faz do processo seletivo um prazer, e não um suplício; ou talvez realmente não haja mais espaço. A verdade é que tenho tido vontade de cortar umas pessoas que se perderam pelo caminho, sem adicionar mais ninguém ao quadro de pessoal. E quando um dos candidatos solta um: “mas eu preciso de você, amiga", eu tenho vontade de responder: “você precisa é de uma amizade de verdade, como as que eu tenho, mas que não posso te oferecer”. Ao invés disso, vou deixando... Não chamo tais candidatos de amigos, mas também não esfrego na cara deles que ainda há um longo caminho para que possamos nos chamar assim, e muito menos comento que talvez eu não tenha ânimo para percorrer esse caminho.
Afinal, amizade também demanda tempo, dedicação... E não tenho tido o primeiro, nem mesmo disposição para fazer o segundo. O que tenho tentado, é manter o contato com os amigos que já estão validados, e a dedicação a eles, o que também é difícil de fazer. Tenho tentado, mas de forma egoísta, não estou interessada em gente que não dá retorno. Um ótimo amigo do passado, às vezes não se faz valer a pena no presente. Não quer dizer que eu fecharei portas, mas que cansei de enviar avisos de que elas estão abertas.
Faço minha as suas palavras, sem tirar nem por. "Não quer dizer que eu fecharei portas, mas que cansei de enviar avisos de que elas estão abertas." E olha que eu já avisei bastante que elas estavam abertas rs.
ResponderExcluirBjooo
Vixi!
ResponderExcluirEu sempre tive problema em ser uma amiga legal, até descobrir que as pessoas me achavam até legalzinha(leia-se chatinha), e arrumei pessoas que curtem filantropi q hoje me ajudam a n ser uma pessoa sozinha no mundo. hahahaha
Então ein... don't cut me! :)
Nossaaa, escreves tão bem!
ResponderExcluirAMEI!
Vou seguir-te!
Beijos!
Realmente interessante. Apesar de a palavra do momento pra mim ser 'entrega', acho que essas ideias estão embutidas em mim de algum jeito, me identifiquei. É bem isso: "Não quer dizer que eu fecharei portas, mas que cansei de enviar avisos de que elas estão abertas."
ResponderExcluirE, que bom!, mais um blog legal pra ler.
Não deixa a porta escancarada, nem fechada. Tá ali encostada pros antigos. :D
ResponderExcluirMas,que fogueira os novos tem que pular heim?
Eu ando meio assim também. Pessoas pesadas demais me dão preguiça. Sei lá; todos tem problemas, afinal. Não vou aceitar carregar o dos outros assim, facilmente.
ResponderExcluirGente, esse post combinou demais com o meu atual estado de vida. Tá me faltando paciência pra essas amizades cheias de frescurites, ai. E algumas antigas também já estão me dando nos nervos de tanto que a gente se dedica e nunca tem nenhum retorno :/
ResponderExcluirGostei bastante ;D
;*
Lendo teu texto percebi que tenho andado muito fechada... até pros amigos. Epa, isso não é bom! Ficou a dica pra mim.
ResponderExcluirBeeeeijo, Ana!
Meus amigos são poucos, pouquíssimos na verdade,e todos como eu: divertidos e sempre, quando necessário, dividindo problemas e angústias sem melodramas. Doença quem cura é médico! Não adianta reclamar de dor de coluna comigo, ou da falta da empregada, já que não sou agência.Isso fica para vizinha chata que assiste Big Brother. Dor de amor é diferente, pois todos sabem como dói e um ombro alavanca sempre ajuda. Pensando bem...Acho que não sou boa amiga :•(
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