domingo, 5 de agosto de 2012

A tal da depilação


Dica: se você é homem e não gosta de saber de intimidades femininas, evite esse texto; se você é mulher e não curte ler sobre intimidades, faça o mesmo.


Eu não entendo a comoção quando alguma mulher é flagrada com pelos nas axilas. Sério, o senso comum diz que homens suam mais que mulheres, então por que nós devíamos ser aquelas obrigadas a se depilar? 

Eu sei que é por razões de estética e principalmente por falta do que fazer, como aconteceu com a ginasta Gabby Douglas que, apesar de ganhar a medalha de ouro nas Olimpíadas, foi destaque por supostamente não cuidar bem o suficiente do próprio cabelo segundo alguns telespectadores. Imagina: a menina é atleta, deve treinar 1.568 horas por dia, mas devia mesmo era fazer hidratação ou escova progressiva, sei lá.

Eu particularmente acho depilação um mal necessário. O argumento de que pelos servem de proteção pra mim é furado. As roupas que usamos protegem muito mais eficientemente, tanto do frio como de infecções.

Quem tem o fluxo menstrual maior, sabe o quanto a ausência dos pelos pode ajudar na higiene. Sem contar que pra quem tem suor mais fedido – como quem vos fala – estar depilada(o) reforça o desodorante. Eu gosto de usar desodorante masculino e tomar pelo menos três banhos por dia. Se, por exemplo, eu tomo banho às 17h e vou sair às 20h, 19h30 tô no chuveiro de novo.

Esteticamente também acho melhor pessoas depiladas. Acho que dá um maior ar de civilidade; nos afasta um pouco do nosso lado animal, por mais que ele sempre apareça pra nos lembrar da nossa real natureza, assim como os pelos que insistem em nascer. Homem estilo Tony Ramos me dão agonia; não curto de jeito nenhum. Gosto mais dos pelados mesmo (haha).

Enfim, o que tem que ser ressaltado sobre o assunto é: depilação é questão pessoal, da mesma forma que a cor que vou pintar minhas unhas semana que vem ou se fulano vai deixar a barba crescer ou quantas vezes ciclan@ lava os cabelo por semana.

O Bradesco foi condenado a pagar R$ 100 mil de indenização por dano moral coletivo, por discriminação estética, pois proibia seus funcionários de usarem barba. Por que nós então deveríamos impor regras às axilas, pernas e virilhas das mulheres que por simples preferência também não curtem se depilar?

Ah, mas cagar regra sobre o que mulher deve ou não fazer com o próprio corpo nos remete a outros assuntos mais sérios, mas eu nem acho que machismo existe mesmo.

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