A gente se encontra e se perde tantas vezes ao longo da vida, que com o tempo a gente fica entediado... E os encontros já não entusiasmam, sejam com pessoas, sejam com ideias ou ideais.
Mas não tem problema, logo mais tem festa, e a gente deixa a euforia ocupar o espaço, e a gente esquece que o sonho era maior que isso e que a briga era maior que a festa.
Aí você me pergunta como vai a vida, e eu respondo com entusiasmo de quem sempre fala rindo de nervoso: “Hoje eu descobri o que quero”. E enquanto completo mentalmente: “mas calma aí que amanhã eu esqueço”, você pensa: “vamos ver por quanto tempo”.
E depois de ouvir seu auto-elogio sem ter o cuidado de prestar atenção, eu volto pra perto das minhas amigas, e te deixo sozinha com os orgulhos que você sempre carrega na bolsa. Tão mais bonita, tão mais centrada, tão mais tantas coisas que não estou disposta a enumerar...
Sabe que eu tenho saudades de acreditar em todo esse aparato de perfeição, mesmo nunca tendo gostado de perfeição. São saudades de uma época, de quando a gente era inocente demais pra acreditar em finais e fracassos, de quando eu era ingênua demais para duvidar de mentiras e você competitiva demais pra acreditar em amizade.
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