domingo, 2 de maio de 2010

Contrapondo Sócrates, Freud, e o Analista de Bagé: criando o tripé universal feminino

Como diria o filósofo... hm... Não, deixa o filósofo pra lá.

Filósofos falam demais. Os bons falam em círculos, os ruins formam com as palavras um zigue-zague sem fim, portanto, não chegam a lugar algum.
Por isso seus "ensinamentos" ecoam pelo tempo: são passados de geração a geração na busca por alguém que consiga entender o que queriam dizer os pré e pós socráticos.
E quando isso acontecer?
Acredito que dar sentido a pensamentos existencialistas formulados num tempo tão remoto não faz sentido.

O ponto é: por que insistimos na densidade? É um método falho desde a Grécia antiga, meus caros. Vou rasgar e queimar meus inúmeros livros do Nietzsche em praça pública, em sinal de protesto contra a densidade desnecessária dos seres humanos.

Certos estão os homens contemporâneos e seus universos mínimos, reduzidos a "cerveja, futebol e mulher", exatamente nessa ordem (palavras de um amigo homem). Chamo isso de "tripé universal masculino". Considero-o execrável.

Acho que o "sexo drogas e rock'n'roll" dos anos 70 funcionava bem melhor: você viu alguém triste no woodstock?
Pensei em fazer uma adaptação para as mulheres modernas. Um tripé universal feminino.

Segue minha proposta:

Sexo
Bom, sou injustamente acusada de ser sempre contrária a nosso governo vermelhinho. Não protestarei contra o Temporão: mantenho sexo na lista. Apesar de muitas pessoas, principalmente depois da popularização dos serviços NET e SKY, terem substituído tal prática pela televisão, quem sou eu para discordar do Ministro da Saúde?
Enfim: por um pouco que conservadorismo, e contra a moralidade, esse valor fica mantido no tripé do século XXI. Aliás, morro de rir dos conservadores evitarem o assunto que promove a perpetuação da espécie. Essa sugestão é meu legado para eles também.
Como falar a verdade é coisa de mulherzinha, não vou usar codinome para sexo. É sexo mesmo, e pronto. Preferivelmente, sexo apaixonado. Parece bobo, mas é o único que funciona para fins terapêuticos.

Se você, por algum motivo, não gostar de sexo, substitua por qualquer coisa que te deixe contente, suspirante, calmo, satisfeito e menos tenso.
Sugestões: ioga, piscina aquecida, refeições no outback, e sapatos apertados (de acordo com Machado de Assis, não há nada melhor para promover conforto que isso: tira-los depois de um longo dia traz um alívio indescritível).

No tripé universal masculino, note que eles reposicionaram sexo na lista, usando um novo codinome (mulher), apenas para fazer de conta que se interessam por todo o universo feminino, ao invés de ter um único interesse (aquele do tripé dos anos 70). Alguns, como Vinius de Morais, usam mensagens subliminares para tratar de seus interesses, compondo "odes às mulheres", que na verdade, não querem dizer nada daquilo que nós, num primeiro momento, imaginamos (palavras de um amigo homem).


Drogas
No tripé masculino, fica difícil entender se "drogas" foi substituído por futebol ou por cerveja, principalmente depois da última luta de sumô televisionada entre Ronalducho e Imperagordo do último jogo entre Corinthians e Flamengo, no qual vários ogros homens de todo o país se reuniram em bares para emitir ruídos sem sentido em público confraternizar, bebendo cerveja e assistindo o jogo pela tv.

Como futebol não tem tanto lugar no universo feminino quanto cerveja, mas também acho muito importante a liberdade de ir e vir do indivíduo, substitúo o termo "drogas" por "vício". Um vício qualquer. Algumas gostam de novela (eu não), outras de fofoca (eu não), outras homem cafajeste (definitivamente eu não), e assim por diante. Fiquem à vontade para escolher seu vício, mas, atenção: o tripé só permite um vício, então, tenham cautela.

Rock'n'roll

Ah, eu adoro rock'n'roll! É o verdadeiro erro e o maior pecado do tripé universal masculino: na ambição por duas drogas, eles deixaram o rock'n'roll sem um substituto à altura.
Isso explica a atrofia cerebral masculina: futebol não promove traquejo intelectual (basta assistir Esporte Espetacular), e homens, quando se reunem para tomar cerveja, falam de futebol e mulher. Foi assim que eles aniquilaram 2,5 milhões de anos de evolução. Se eles realmente se interessassem por mulheres, e pelas conversas delas, talvez o dano à evolução não fosse tão grande, mas, como é comprovado empiricamente, homens não são capazes de estabelecer diálogo com mulheres, exceto para alcançar seu único interesse (palavra de vários amigos homens).

Deixemos os macacos pelados de lado, e voltemos à indicação do substituto do rock'n'roll.
Há uma estrutura básica por trás do tripé dos anos 70, que deveria estar na declaração universal dos direitos humanos: toda pessoa tem direito a uma atividade relaxante e um vício, e também a necessidade de exercitar seu cérebro. Funciona! David Bowie, Mick Jagger, Keith Richards, Steven Tyler e Joe Perry estão aí e não me deixam mentir. Eles são homens, não macacos pelados.

Logo, a terceira parte deve envolver exercício cerebral, cultura talvez. Sou eclética demais para fechar isso no rock, mas trocá-lo por "música" é uma coisa tão mediana...
Muito bem. Já fui conservadora ao manter sexo, democrática ao propor um vício de livre escolha... Agora, para que os filósofos não fiquem tristes comigo, a minha terceira sugestão para o tripé é: pensem. Mas por favor, não me venham com essas baboseiras existencialistas! Precisamos parar de patinar, minha gente!
Pense sobre sua carreira, a imensidão do mundo à sua frente, política, economia, sobre sua pequena estatura, e como um pouco de postura pode te engrandecer.
Pense sobre ter coragem, ser forte, ir atrás de alguma coisa menos vaga que o tradicional, manjado e sonolento discurso da contrariedade do sistema, do protesto verbal.
Pense, mas não seja um autômato. Alguns video games de hoje em dia desenvolvem raciocínios de muito melhor qualidade que muita gente por aí. Não se deixe ultrapassar por um processador qualquer e algumas linhas em C++. Não jogue fora 2,5 milhões de anos de evolução, conquistados com muito sangue e cérebro por seus ancestrais.
Não seja um idiota que patina, que tem verborragias pseudoideologicas, pseudointelectuais, pseudocríticas, pseudobolcheviques... Não se mate de tédio, não se engane, e não me faça rir e sentir sono.
Pense, logo produza. A pedra do meu quintal não pensa, e existe do mesmo jeito.
Faça alguma coisa útil, ou volte para as cavernas.

Então, para as mulheres do século XXI, eu sugiro: sexo, vício e pensar.

7 comentários:

  1. hey

    belo discurso, cara herman

    mas vou dormir antes de pensar...

    e como vc teria escrito esse post se eu tivesse respondido "não" qd vc me perguntou se podia usar a palavra sexo?

    uahahaha

    smacks!

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  2. com certeza, um "trabalho" melhor que o meu haiehiaheiae

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  3. Bom, se você houvesse proibido a palavra, eu ia me ater a usar o generalismo, o yogam a piscina de água quente, e etc....

    Usaria o pensar (rá) para pensar em outros exemplos... ehehehe

    Afinal, sexo não é nem pode ser insubstituível! hahahaha

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  4. Meu tripé hoje: cinema, dança e literatura.

    Estive num bar tomando cerveja com meus colegas de trabalho e vendo o jogo Flamengo e Coríntians... rsrs

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  5. Acho que sou uma pedra que já mora dentro de casa, já evolui do quintal pra cá, será que andei pensando alguma hr? éé, não me lembro agora tb...kkkkkkkk ¬¬


    Curti o post da convidada, que venham os próximos... ;D

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  6. eles deveriam aceitar isso como monografia uahlaiuhaluih

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  7. hahaha
    caí de paraquedas aqui, mas deixo minha opinião: quanta bobagem! dãr...

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