quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Aceitar completamente




“não fazendo perguntas, tu aceitarias a moça completamente”

Isso aí é do meu clichê literário favorito, Caio Fernando Abreu. Isso aí me lembra a citação que a Laila fez em outro post:

“Eu fico sobre uma pedra no rio e, enquanto você estiver na outra, saudável, amoroso e alto-astral, nós nos amamos. Se você afundar, eu não mergulho para te dar a mão, eu pulo para outra pedra e começo outra relação superficial”

Isso aí é o que realmente existe.

As pessoas até aceitam completamente, sem fazer perguntas. Até que a parte não questionada afunde, então, sem perguntas, elas vão embora, e deixam a outra parte submersa.

Claro, não é sempre assim.  Eu tenho pais felizes no amor, uma irmã feliz no amor e algumas amigas felizes no amor também; eu sei que algumas pessoas estendem a mão ou se deixam submergir juntamente com a parte pedra (na verdade, todos têm seu momento pedra). Só estou cansada das gentes das relações superficiais, que estão em maioria. E uma vez cheguei a pensar que não fazer perguntas e aceitar completamente era um jeito de ser correto nas relações, até descobrir que existe o “aceitar-completamente-temporariamente”, o “te aceito, até que eu encontre um defeito seu que eu vá julgar e condenar”.

(Acho que esse é mais um texto da campanha pela tag: post sem sentido)

6 comentários:

  1. Aceitar também é um exercício de reciprocidade... infelizmente, reciprocidade tem sido algo tão escasso...

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  2. rsrs Por fazer parte do alfabeto das Anas vim te conhecer e por incrível que pareça deve ser mal de Ana os textos "overpensantes" como diria uma amiga minha ahaha...Sem sentido e adoráveis textso.

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  3. Acho que existe uma diferença larga entre interrogar (investigar, perseguir, oprimir...) e interessar-se pela vida, pelas coisas da pessoa que está conosco.

    Manter um canal de comunicação é essencial, desde que ela aconteça espontaneamente.

    Eu não disse que isso é fácil, apenas que é necessário...rs

    ℓυηα

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  4. Eu sou uma das amigas felizes no amor. =P
    Para aceitar completamente é necessário não aceitar que os defeitos ( os nossos e o da pessoa interessada) impeçam a relação de progredir com sucesso.

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  5. Amei seu blog e tomei a liberdade de copiar o texto... è tudo o que penso no momento.....

    (espero que não fique brava.... tem i link para o seu blog)
    Bj

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  6. olha só que legal esse aqui.
    Bem essa semana discuti sobre isso, Ana, e digo que nesse negócio de amor (de verdade) não pode existir a superficialidade.
    Amor é entender e mexer, mudar, as coisas que estão fora de ordem.
    Não é, claro, transformar completamente. Mas no amor tem que existir as discordâncias, mas elas nao precisam existir a ponto de criar discórdias. Acho difícil um amor que dure assim...
    Mas reforço que não é mudar completamente, é entrar em acordos, é afinar no mesmo tom, por livre vontade. Digo, por vontade de amar, só.

    uhhhhhhhh
    aprofundei demais, quase afoguei...
    rs
    ;)

    beijos!

    Do admirador secreto:
    Lucao.

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