O feminismo nasceu contra a pré-determinação do que é um comportamento próprio da mulher: delicada, frágil, submissa, obediente, recalcada, reprimida, temente a Deus, virgem, cozinheira, faxineira, preocupada exclusivamente com sua aparência. Essa ideologia veio para libertar a mulher dessa prisão. Mulher, você tem aptidão para ter opinião própria, para se defender por qualquer meio de agressões injustas, para questionar, para gostar de sexo, para gozar, para crer no que lhe convier, para ter uma vida fora do lar, para se vestir da forma que lhe aprouver.
Isso é feminismo. É a crença na capacidade feminina. É a luta contra o conservadorismo e o machismo. Nós não cremos na superioridade da mulher, mas na igual habilidade para desempenhar todo e qualquer tipo de atividade e na idoneidade para ser sujeito de todos direitos concedidos ao homem.
Vale dizer que essa ideologia repugna o conceito machista do que é ser feminina – como o mencionado comportamento que supostamente nos é próprio –, mas não impede que a mulher seja sexy, vaidosa e dê importância para sua aparência. O feminismo vem para abrir esse campo de visão e anunciar que podemos e devemos ser como bem entendermos, independentes do desejo masculino, mas vinculadas aos nossos!
Se a vontade da mulher é ser mãe, dona de casa, patricinha ou promíscua, isso não impede que ela seja feminista, desde que ela tenha feito uma ESCOLHA e tenha ciência de que pode mudá-la a qualquer tempo; de que não está cumprindo uma obrigação. Essas mulheres são machistas quando elas interpretam papéis que julgam atrair e satisfazer o desejo e o ego masculinos.
Não tenha medo de se dizer feminista; isso não te torna menos desejável ou menos atraente. Ser feminista te faz orgulhosa de ser mulher, de ir contra preconceitos e corajosa de lutar contra o peso colocado em nossas costas pela sociedade e por nós mesmas. É dever moral de todas a mulheres ser feminista. Vou além: o feminismo é a pura expressão do amor-próprio da mulher.
Não sou muito de comentar os post, sinceramente não sei muito bem o porque, mas nesse eu tenho que escrever, pois no dia 18 passado participei da Marcha da Liberdade aqui em Floripa, que teve a participação ativa da Marcha das Vagabundas e diferentes outros protestos e manifestações. Enfim, foi irado ver que existem pessoas buscando a sua opinião e a liberdade de expressá-la. Vejo o feminismo, e mais profundamente o individualismo, como uma contra-resposta a anos de uma estruturação social rígida, arcaica, machista e repressora. Algo que tem sido discutido muito em diferentes ambientes, saindo do sigilo para o mundo, sem medo de represálias.
ResponderExcluirFaço então as palavras da Badona as minhas, pois homem que curte mulher objeto é porque tem medo de encontrar mulheres que desafiem os estereótipos, que discutam e se sintam livres antes de qualquer coisa.
Ótimo texto e ótimo blog...
Você é sempre muito bem-vindo, Nicolas!
ResponderExcluirObrigada!
Hoje minha irmã me perguntou assim: - E quem vc está namorando Juliana?! Como se eu não tivesse mais nada o que fazer!
ResponderExcluirAssino aonde?
ResponderExcluir;D
Ai, que delícia ler esse texto, que orgulho ser amiga da Badona.
ResponderExcluirÉ exatamente tudo isso ae mesmo, iauahauahua.
O que mais me irrita nem são as mulheres que sucumbem ao machismo, que optam pelos papéis que agradam aos homens, mas aquelas que, além disso, dizem que o feminismo é uma causa ultrapassada, que não existe mais nada pra mulher conquistar ¬¬
Não sei se elas nasceram assim, não sei se é genético, sei que dá muita dó de quem não consegue perceber td isso ae... quem nunca vai conseguir perceber que "o feminismo é a pura expressão do amor-próprio da mulher."
=/
Que bom, ler um texto assim!
ResponderExcluirÉ preciso partir de nós mesmas e avançar.
É linda a lucidez do teu texto e carrega a medida mais coerente do feminismo que considero: a da igualdade.
Parabéns, parabéns, parabéns!
Todo mundo precisa te ler!
Excelente o texto e contem um dos posicionamentos mais coerentes que já vi. É lamentável, infelizmente, que algumas pessoas que se dizem feministas acabam por deturpar o ser feminista. Aqui em Fortaleza houve a tal "marcha das vagabundas". Confesso que ouvi sobre as motivações de tal evento de modo superficial, mas me chocou alguém que me telefonou de lá que foi uma coisa linda. Tal pessoa relatou a presença de várias mulheres de top less que gritavam palavras de ordem como "eu dou o c* porque é meu". Parece que foi uma referência a um comentário infeliz sobre o estupro de mulheres "feias". Peço perdão pela análise possivelmente superficial, mas entendo que as formas de manifestação que clamam por respeito deveriam incluir o respeito próprio. Não pelo top less, mas pelo conteúdo das palavras de ordem de alguns. Isso a meu ver acaba diluindo muito o movimentos assim como o forte apelo sensual (desnecessário) em paradas gays. Penso que os movimentos devem combater os estereótipos, e não contribuir com a solidificação de outros estereótipos tão piores como qualquer outro.
ResponderExcluircompreendo o entendimento do Glairton.
ResponderExcluirinclusive foi um dos maiores problemas que a Marcha das Vadias enfrentou, pois o termo "vadia" é muito pejorativo, mas o intento da manifestação é exatamente dar outro significado, mostrar que a mulher tem direito de fazer o que quiser com seu corpo, com a mesma liberdade que os homens possuem.
temos q perder o medo dos estereótipos, mas infelizmente eles têm um poder grande sobre nossas vidas.
adorei o texto! é isso aí, concordo com você plenamente. vou divulgar através do meu twitter, @mariaestrogeno ok? Bjinho!
ResponderExcluirNunca entendi mulheres que acham que vão acabar com o machismo sendo feministas ao extremo, mas concordo com o feminismo do jeito que você o colocou - não com a mulher tentando ser superior ao homem, mas buscando igualdade.
ResponderExcluirJá estamos conseguindo igualdade em muitas coisas, estamos provando que podemos ser melhores em algumas e que não seremos tão boas quanto homens em outras, mas ainda há muito para ser feito. E ainda é comum vermos comentários machistas, mesmo que as pessoas não os percebam.
Mulheres que sucumbem-se aos homens não merecem meu respeito.
Gostei muito do texto. Está claro, sem exageros, sem uma paixão cega por causas que deturpe a racionalidade ou algo assim. Acredito muito no que você disse, é a luta pelo amor próprio.
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