Das pessoas que destroem os meus castelos de areia.

Daí eu tava muito feliz, e tinha um post quase pronto cujo título era “LOVE, LOVE, LOVE”, sobre um livro, um vídeo e uma página no facebook que tinham me feito recuperar alguma esperança. Eu tava nessa vibe de candura e vi um monte de publicações no facebook dizendo “Marco Feliciano me representa”. Aí meu estômago embrulhou, senti náusea... Pensei na falta de empatia das pessoas, em como preferem ficar distantes da realidade dos gays, ou de qualquer outra minoria, porque estão acomodados em sua posição privilegiada.

Fico pensando de onde vem tanto medo e tanta insegurança, a ponto de acreditar que uma mudança na realidade de uma minoria vai afetar sua família, seu bem estar, a tal moral e os bons costumes. Aliás, que moral? Quais bons costumes? Aonde está a superioridade desse modo de vida que tanto defendem, que não se pode vê-la em seu comportamento?

Fico pensando, se deleto, se bloqueio... Porque não adianta muita coisa, né? Afinal, não vou ter coragem de sair correndo se um dia encontrá-los na rua. E depois... Prefiro continuar compartilhando e esfregando na cara as coisas em que acredito e tudo mais. E que se dane se acham que eu sou moderna demais, que não sou cristã... Realmente não devo ser cristã, porque tenho uma tremenda dificuldade de amar Marco Feliciano e todos aqueles a quem ele representa. Desculpa aí, mas minha consciência nem pesa.

P.S.: "Vamos pedir piedade. Senhor, piedade! Pra essa gente careta e covarde. Vamos pedir piedade. Senhor, piedade! Lhes dê grandeza e um pouco de coragem."